Anualmente, no dia 6 de maio, o Institute os Manage Accountants (IMA) comemora o “International Management Accounting Day”, data que busca reconhecer as grandes contribuições que gestores fazem às suas respectivas companhias, contribuições que agora são mais vitais do que nunca com a situação atual do mercado.
Essas contribuições têm, em sua base, os processos de gerenciamento de riscos e suas aplicações no cotidiano das empresas. A atual crise global de saúde não só traz à tona o perigo dos riscos chamados de “black swan” (eventos repentinos) como também reitera a diferença que a presença de práticas de gestão de riscos tem nas mais diversas empresas.
Enquanto corporações cuja cultura de gerir riscos está intrínseca nas atitudes do time foram capazes de se adaptar ao cenário com certa velocidade, empresas que estavam nada ou apenas parcialmente preparadas para gerir os próprios riscos agora necessitam tomar medidas drásticas apenas para se manterem vivas no mercado.
Para mitigar corretamente riscos em um mundo tão volátil quanto o nosso se mostrou ser, com um dos maiores baques à economia global desde a última Guerra Mundial, o gerenciamento de riscos deve ser uma prática não apenas reativa, mas sim recorrente. Ativar protocolos de supressão de riscos apenas quando a ameaça se faz presente é uma metodologia comumente adotada, mas arriscada demais, visto que pode ser tarde demais para agir caso o cenário se estabeleça demasiadamente rápido.
Mas, para adotar a postura proativa recomendada, também deve-se ter a certeza de estar de acordo com a coluna vertebral da gestão de riscos segundo o COSO, que se apresenta na forma das seguintes perguntas:
– Você tem planos de gerenciamento de crises documentados?
– Você possui uma análise de ambiente que inclua fatores internos e externos?
– Você tem diferentes tipos de riscos identificados e priorizados na sua matriz de risco?
– Você avalia regularmente mudanças em seu ambiente interno e externo?
– Você se comunica com seus stakeholders?
– Você discute proativamente seu portfólio de riscos?
Todas essas questões devem ser prioridade, visto que a documentação e registro de planos e responsabilidades dita o que se espera de diretores, funcionários e, claro, gestores, aqueles que são mais íntimos com os canais, finanças, objetivos e riscos da corporação.
O “International Management Accounting Day” de 2020 foi atípico, mas trouxe consigo a valiosa lição de que o manejo de riscos deve estar, de fato, no topo da lista de prioridades no contexto de um cenário como o do mundo contemporâneo. Repleto de incertezas.
Fonte: https://www.forbes.com/sites/jeffthomson/2020/05/06/how-management-accountants-mitigate-risk-in-an-uncertain-world/#38d509b859c6