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O que muda em gestão de riscos e controles internos após a abertura de capital

 
Em algum momento, em seu processo de expansão, uma corporação decide realizar sua abertura de capital, pois é uma estratégia que permite a ela, obter recursos para financiar seu crescimento com um custo mais baixo.

 

Corporações com capital no mercado de ações têm maior visibilidade, e devido a isto, são obrigadas a trabalhar dentro de um nível de governança, o qual é pautado pela existência de regras de transparência, pois, para ter sucesso, a empresa deve ser atrativa para os investidores.

Os investidores, por sua vez, vão analisar a efetividade da governança corporativa da empresa a qual pretende investir, de forma a avaliar sua sustentabilidade e perenidade. Lembrando que governança é a busca por um processo decisório equilibrado entre o principal, órgão supervisor e o agente, e para isto a governança está baseada em quatro pilares: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa e/ou social.

Efetivamente, não existe consciência e cultura de governança, se não existir a aplicação das boas práticas de gerenciamento dos riscos corporativos de forma estruturada e integrada em suas atividades operacionais e em suas definições estratégicas.

Consonante com este requisito, um bom gerenciamento de riscos não se torna efetivo se não estiver suportado por um eficaz e eficiente sistema de controles internos, o qual permitirá a organização operar nos níveis aceitáveis de riscos, alinhado ao seu apetite a risco.

A empresa que pretende abrir seu capital, precisa antes de mais nada, depositar atenção especial em seus atributos de governança, conhecendo-o e aperfeiçoando este processo.
Precisará também, promover o ambiente adequado para que o gerenciamento dos riscos operacionais ou estratégicos esteja integrado às atividades diárias em todos os níveis da organização, principalmente junto aos tomadores de decisão.

A gestão deverá reconhecer a importância da existência de um efetivo sistema de controles internos, na medida certa, para a manutenção dos riscos operacionais dentro dos seus níveis aceitáveis, de forma a aumentar a sua capacidade de alcançar seus objetivos, sejam eles operacionais e/ou estratégicos.

Para isto, é necessário que todos, dentro da corporação, reconheçam claramente suas responsabilidades sobre os atributos de governança, riscos e controles. Que tenham proficiência e conhecimento na aplicação de boas práticas.

É necessário contar com uma segunda linha de gestão alinhada aos negócios, com capacidade para auxiliar no alinhamento missão-estratégia-processos, buscando sempre a eficiência e a economicidade das atividades operacionais.

A empresa também precisa ter ferramentas e sistemas modernos e flexíveis para permitir um monitoramento efetivo de seus riscos e controles, promovendo agilidade para as ações de gestão.

Para finalizar, contar com uma auditoria interna executando avaliações independentes e objetivas de toda a operação, baseada em uma visão de riscos, e pautada pelas melhores práticas profissionais, é essencial para o sucesso da organização antes e depois da abertura de capital.

Os profissionais de segunda linha de gestão têm um papel importante em todo este processo.

 

 


Fonte:
Por Eduardo Person Pardini
Diretor Executivo – CrossOver Consulting & Auditing
ICI Brasil – Affiliate of the Internal Control Institute
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